Recuperando registros e memórias das primeiras aspirações que deram origem à Arte Despertar, Regina Vidigal Guarita resgata um antigo caderno de desenhos, repleto de ilustrações de atividades artísticas que seriam ofertadas no que, à época, se chamaria “Núcleo Cultural Infantil”. Dança, canto, artes cênicas são algumas das linguagens que povoam as páginas já um tanto amareladas pelo tempo, mas vivas pelos frutos que geraram.
Com os olhos reluzentes, a fundadora e diretora presidente da Arte Despertar de 1997 a 2003 nos mostra o primeiro desenho deste caderno de data incerta, mas anterior à de fundação da organização. Uma representação em metalinguagem: crianças sentadas em uma sala ampla, de janelas generosas, criando seus próprios desenhos, acompanhadas por um adulto. “Era neste caderno que eu me debruçava nos primeiros momentos para pensar em como começar? O que fazer? O que buscar?”, relembra Regina.
No áudio, a fundadora da organização lê texto de sua autoria, datado agosto de 2004. Elaborado no período em que a instituição se mudava de sede, ela reflete, sete anos depois, sobre como se sentia no começo dos trabalhos realizados.
Saiba +
Aproximações à abordagem triangular do ensino da arte – entrevista com a Dra. Maria Christina Rizzi, professora aposentada da Escola de Comunicação e Artes da USP, e membro do Conselho da Arte Despertar de 1998 a 2002 sobre os primeiros contatos da Arte Despertar com a abordagem triangular no ensino das artes, sistematizada pela pesquisadora Ana Mae Barbosa.
A vida… o que a vida quer da gente é coragem – depoimento em que Regina Guarita retoma a história da organização.