Com recém-nascidos ou idosos, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um dos setores hospitalares onde a apreensão e a tensão são mais presentes. Frequentemente com pacientes em estado de coma, consciência prejudicada, nas UTIs nem sempre é possível estabelecer um diálogo direto com aqueles que estão em situação de cuidado. Entretanto, a despeito desses e outros limites, a terapia intensiva é um espaço onde a arte mostra sua potência, especialmente com a música.
“A música ecoa”, lembra a arte-educadora Adriana Aragão, e provoca não apenas pacientes, mas familiares e profissionais de saúde a mergulharem no sonoro. A mudança de expressão, a maior leveza na ambiência e a distensão do espaço são alguns dos elementos tratados por Angela Rizzi, pedagoga e coordenadora de projetos da Arte Despertar por mais de dez anos.
Nesta compilação de entrevistas também são relatadas situações pouco explicadas pela ciência, como as narradas por Geraldo Orlando: de mudanças nos sinais vitais de pessoas comatosas ao relato de quem felizmente retornou do coma e guarda a lembrança de músicas apresentadas por arte-educadores da Arte Despertar.
Saiba +
Bibliografia: Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma – Artigo de Ana Cláudia Giesbrecht Puggina e Maria Júlia Paes da Silva, ambas da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, publicado em 2019 na edição de maio da Revista Brasileira de Enfermagem. O artigo explora a influência da música e de mensagens orais nos Sinais Vitais e Expressão Facial de pacientes em coma fisiológico ou induzido mediante Ensaio Clínico Controlado e Randomizado.
Musicoterapia e música terapêutica – artigo produzido por educadores da Arte Despertar sobre o papel da música na promoção da saúde.