A narração de histórias é uma arte ancestral que ganha vida não apenas na história e na forma como o(a) arte-educador(a) a narra, mas também na magia dos elementos de apoio à narração, que transformam cada narrativa em uma experiência sensorial rica e envolvente. Exemplos incluem instrumentos convencionais e não convencionais, os objetos para encenação, gestos, intervenções musicais e poemas.
Instrumentos
Instrumentos como o “pau de chuva“, o “ocean drum“, a “kalimba” e o “carrilhão de chaves” ajudam a criar paisagens sonoras que transportam os ouvintes para universos imaginários. Sua utilização vai além de uma simples trilha sonora; são a ponte entre a narrativa e as emoções do público. O “pau de chuva”, por exemplo, reproduz a suavidade de uma chuva serena, enquanto a “kalimba” introduz melodias que dialogam sutilmente com os eventos da história. Esses elementos não apenas encantam, mas também convidam os ouvintes a se perderem nas nuances sonoras do conto.
O diálogo entre música e história amplifica a emoção e a compreensão. Na perspectiva da Arte Despertar, a trilha sonora não é apenas um acessório, mas uma linguagem complementar que eleva a narrativa a novos patamares. Este é um dos diversos motivos que fundamenta a atuação dos arte-educadores sempre em duplas – um(a) narrador(a) de história e um(a) musicista.
Materiais de apoio
No universo dos materiais de apoio, velas, fantoches e objetos decorativos desempenham papéis complementares muito interessantes. Velas, por exemplo, podem ser usadas ritualisticamente na abertura e encerramento da história, criando uma atmosfera mágica. Fantoches e objetos decorativos, como caixas de joias, baús e diários, enriquecem visualmente o ambiente e desempenham funções narrativas, revelando segredos e mistérios.
Veja exemplo:
Outros elementos
A beleza reside na harmonia entre os elementos, na manipulação cuidadosa das paisagens sonoras e na capacidade de transportar os ouvintes para um estado de encantamento. A inclusão de gestos, parlendas e poemas, por sua vez, enriquece a experiência, promovendo uma conexão mais profunda entre o contador de histórias e seu público.
A inclusão consciente desses elementos não diz apenas de entretenimento, mas também promove a inclusão, criando um espaço onde cada ouvinte, a partir da sua bagagem cultural, pode encontrar ressonância e pertencimento na narrativa e ambiência da história contada.