“Nosso trabalho é consolidado e utiliza a arte e a cultura para despertar a potencialidade de indivíduos de comunidades e hospitais, de uma forma profissionalizada. Um trabalho focado também na formação de parcerias, em conjunto com outras instituições e empresas que acreditam e trabalham pela mesma causa”. Foi com esta premissa que Regina Vidigal Guarita, fundadora e diretora-presidente da Arte Despertar, destacou a importância do livro Arte Despertar: primeira década que, como o próprio título indica, discute os primeiros dez anos de atuação da organização.
Publicado em 2010, mais do que uma sistematização das ações institucionais, o livro apresenta importantes reflexões sobre a arte-educação e sobre a relação entre arte, cuidado e saúde – dois eixos centrais da atuação da Arte Despertar – no cenário nacional e contemporâneo. Entre as discussões, a publicação apresenta ainda um panorama sobre a construção, a profissionalização e os desafios do terceiro setor no país e sobre o amadurecimento da sociedade brasileira em relação aos problemas sociais presentes.

Com patrocínio da Boehringer Ingelheim, empresa parceira da Arte Despertar, a publicação está dividida em seis capítulos, escritos por diversos e renomados autores-pesquisadores, que apresentam aos leitores a descrição de como a arte influencia a formação pessoal dos indivíduos e a própria trajetória da associação.
A abertura, intitulada “Imprescindíveis utópicos”, do autor Eduardo Montechi Valladares, historiador e professor doutor em História, reflete sobre a trajetória e a importância das ações da organização. Isso inclui a perspectiva de cuidar de si para cuidar do outro, em meio ao panorama da responsabilidade social no Brasil e no mundo.
Capítulos
O capítulo I, escrito por Rui Luis Rodrigues, professor de História Moderna na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), relembra a ideia da responsabilidade social, do seu surgimento à década de 1990, quando nasceram oficialmente as ações da Arte Despertar. No segundo capítulo, Felipe de Souza Tarábola, professor da Faculdade de Educação da USP, propõe uma investigação sobre o papel da arte na formação (e permanente recriação) dos indivíduos.
A Professora Doutora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Maria Christina de Souza Lima Rizzi, no terceiro capítulo, discute o papel da arte-educação. No capítulo IV, em diálogo com a arte-educadora, pedagoga e Assistente de Diretoria na Coordenação da Humanização do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Maria Helena da Cruz Sponton, Rizzi reflete sobre as ações da Arte Despertar em projetos socioeducativos e em cenários de atenção à saúde. No capítulo V, apresentam-se depoimentos sobre as ações institucionais, e no sétimo e último capítulo, Regina Guarita reflete sobre a história da organização e suas ações futuras.
Saiba +
Depoimento: a vida…o que ela quer da gente é coragem – vídeo em que Regina Guarita relembra de forma sensível e emocionada a trajetória e a importância da Arte Despertar.
Dar forma a um sonho: o início da Arte Despertar – vídeo com depoimentos sobre o início das ações da Arte Despertar.