A ludicidade em diálogo com a arte

“O lúdico é fundamental para a existência humana”, afirma Kelly Jardim. Nesse conjunto de entrevistas as arte-educadoras Kelly Jardim, Beth Beli e Liana Shimabukuro apresentam momentos de atendimentos realizados em hospitais em que a ludicidade e a arte construíram uma “ponte de possibilidades” no cuidado à saúde.

O lúdico, frequentemente tido como sinônimo de jogo e brincadeira, também se associa ao lazer, à imaginação e à criatividade. A ludicidade permite que, pela fantasia, emoções cotidianas sejam elaboradas. A arte, quando presente em um contexto lúdico, permite ampliar a percepção do sensível e as formas de expressão.

Ancoradas em pensadores como Johan Huizinga, autor da obra Homo Ludens referência entre os estudiosos do brincar, estas educadoras e artistas de diferentes linguagens compartilham experiências da sua atuação em contextos de cuidado à saúde nos quais, segundo Liana, a ludicidade construiu um “caminho de comunicação”.

A ludicidade na saúde
Ao incorporar elementos lúdicos, as experiências tornam-se mais envolventes, estimulantes e propensas a cativar a atenção e o interesse dos participantes. Na área da saúde, o lúdico torna-se estratégia terapêutica para crianças, adultos e idosos. A ludicidade não apenas torna as atividades mais prazerosas, mas também facilita a exploração, a criatividade e a interação social, contribuindo para o desenvolvimento integral das pessoas em diversas fases da vida.

Saiba +
O atendimento a crianças e o apoio a equipes de saúde:  Entrevista em que Kelly Jardim narra as especificidades do trabalho com crianças, do apoio ofertado pela Arte Despertar à equipe de saúde e de experiências marcantes no atendimento à pacientes e seus familiares.
Livro: Ludicidade e educação infantil de Vera Lúcia Bacelar, publicado em 2009 pela Edufba. Na obra, Bacelar aborda a ludicidade como fenômeno subjetivo sob o prisma da história, sociologia e antropologia cultural. A obra enfoca a educação infantil, mas é permeada por reflexões que extrapolam esse campo e tocam o papel do lúdico no fazer humano. Destaca-se pelo diálogo com o tema do vídeo, o capítulo “A linguagem psicocorporal e a ludicidade” e especialmente a seção “Ludicidade, arte e comunicação”

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